segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sobre tortas frias mutantes

Ironicamente, ou até nem isso, tive que participar de outra festinha infantil esse fim de semana. Dessa vez, o horror bateu a porta de minha casa, e eu fui obrigada a aturar um domingo inteirinho de gritos, balões sendo estourados e choros. Tudo isso na minha casa. Repito: na minha casa.
O que acontece é que minha mãe e irmã serão madrinhas da próxima filhinha do meu Primo e por isso resolveram fazer um chá de fraldas lá em casa mesmo, como presentinho.
Eu já falei que não suporto crianças? Acho que sim.
E, como sempre, fui escalada para ajudar nos preparativos. Enxer trocentos balões rosa(que futuramente seriam estourados pelas crias do satã), arrumar forminhas de doce, enfileirar pratinhos, e por ai vai.
Porém, como minha tia deve ter notado a minha cara de desgosto profundo quase teve pena de minha pessoa e por isso me colocaram para fazer as tortas frias.
Não sei se já comentei sobre o desastre que sou na cozinha, mas enfim, digamos que existe uma regra muito clara lá em casa sobre eu me aproximar do fogão e panelas.
Não é que eu não goste de cozinhar e por isso faça tudo de má vontade, muito pelo contrário!
Sou apaixonada por cozinhar. Tentar cozinhar, quero dizer. O problema é que herdei uma certa tendência a catástrofes culinárias.
De minhas mãos já sairam muitos bolos mutantes, panelas carbonizadas e ovos cozidos explodidos. Sim, certa vez coloquei vários ovinhos de codorna numa panela com água, com a intenção de deixá-los cozidos e fui ver Cavaleiros do Zodíaco no Cartoon. Os esqueci lá e só lembrei quando ouvi o barulho de coisas explodindo. Entrei na cozinha e tinha ovo por toda parte. A água tinha acabado fazia muito tempo e eles começaram a explodir, sério, que absurdo...
Voltando ao tópico, minha tia me deu os ingredientes para montar as benditas tortas e as instruções. Me esforcei ao máximo pra tentar deixá-las bonitinhas e com uma aparência comestível, mas não obtive muito sucesso.
No fim, haviam torres cor-de-rosa tortas e medonhas, com tons de verde e laranja. (uns dos ingredientes eram beterrabas e cenouras. Só não entendi daonde veio o verde...)
Colocaram as tortas tortas (haha) na mesa e rezeram silenciosamente para que não houvesse nada radioativo nelas.
Bom, ninguém comeu. Mas isso não é nenhuma surpresa.
Aliás, acho até que vou guardá-las congeladas e me inscrever para a próxima Bienal, "Tortas frias - por Julia". Arte contemporânea, sacam?
Pior, só aqueles biscoitos de chocolate que ficaram cinzas, crus e com gosto de canela.

2 comentários:

  1. Ri muito com esse post... uehaueha
    crias do satã xD
    Essa coisa de crianças deve ser um sinal. Muito cuidado...!

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  2. hsuahsuahsua nossa, Ju~~
    não acredito que ninguém comeu a torta! a última experiência bizarro-medonha q a gente fez aqui em casa tava... comestível xD nossa~~

    anyway... MEDO! me diverti lendo teu post, Ju. tu conseguiu transformar uma tragédia num momento virtual cômico ;]
    espero que não te escalem pra cuidar de uma festinha com crianças de novo =P

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